terça-feira, 26 de maio de 2009

Texto Reflexivo, (Filme A Fúria dos Titãs)



O período cosmológico foi marcado por uma época onde se procurava entender e explicar o cosmo e saber de que matéria era feito. Buscava-se o princípio e a lei que regia o universo que até então era concebido mitologicamente. Ou seja, todo fenômeno natural era explicado até então por meio da ação dos deuses. O filme retrata exatamente como a ação desses deuses se davam na vida cotidiana e como alguns dos elementos naturais eram vistos. O filme entretanto, não mostra a evolução da busca das explicações dos elementos que poderiam explicar a formação do universo. Ele se prende apenas aos mitos Gregos, apesar dessa fase ser bastante forte no que diz respeito ao elementismo. Que seria o método de buscar a verdade, ou causa, ou princípio, reduzindo o complexo ao elemento mais simples. Como a água, por exemplo. O primeiro expoente desse período foi o filósofo Tales de Mileto, que se preocupava com o movimento e transformação das coisas, entretanto, apesar das transformações, buscava um elemento básico para explicar a existência das coisas.

Por outro lado, vemos perfeitamente no filme a cena onde a princesa Andrômeda ao adormecer vai passear em espírito para receber o enigma para o homem que for se candidatar a ser seu futuro esposo. Vemos então ai o princípio do filósofo Pitágoras, onde sustentava a existência de uma alma imortal.

Em outros momentos podemos perceber também o que Heráclito defendia, que é a constante mudança dos fenômenos da natureza. Afirmava ele que tudo no universo com um tempo se transforma. Ele ainda defendia que a guerra era a mãe e rainha de todas as coisas, evento bastante marcante também no filme.

Já Pitágoras defendia que os números era o ser permanente que a filosofia buscava encontrar. O número é a essência permanente das coisas, visto que são intemporais e imóveis, além de expressarem as relações fixas das coisas. Caracterizado no filme através dos próprios deuses gregos, onde nada os atinge, ou seja, eles permanecem como sempre foram e são. Ele também defendia a existência de uma alma imortal, distinta do corpo e que se encarnava como em uma prisão. Caracterizada visivelmente no filme não somente pelo corpo físico como através da gaiola que transporta a alma de Andrômeda até Calibos.

Anaxágoras, admitia a existência de uma diversidade de elementos. Porém animada por um ato da razão divina, ou seja, tudo está em tudo, porém para que possam ter vida depende da ação de algo que ele chama de NOUS para poder animar aquilo que é inanimado. Vemos isso quando Zeus cria os bonecos de barro colocado em prateleiras e animados no mundo terreno através do seu poder animador ou de vida.

Para finalizar temos Demócrito, considerado o verdadeiro e último elementista de período cosmológico. Considerava que o universo era composto de átomos materiais indivisíveis, se distinguindo apenas pela forma, ordem, tamanho e posição, e que se moviam constantemente de várias maneiras. Dizia que as pessoas eram constituídas de átomos de alma e de átomos do corpo. A única diferença era a velocidade dos movimentos. Considerava que os pensamentos e atos do homem, tão quanto os acontecimentos de sua vida, eram determinados por agentes externos, de forma rígida como o curso das estrelas. Isso também fica evidente no filme através do desdobramento final quando alguns dos personagens se tornam constelações.


Principais deuses gregos :

Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu.
Afrodite - deusa do amor e da beleza.
Poseidon - deus dos mares
Hades - deus dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo - deus da luz e das obras de artes.
Artemis - deusa da caça.
Ares - divindade da guerra.
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas.
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações.
Hefestos - divindade do fogo e do trabalho.

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