domingo, 18 de outubro de 2009

TOMAR DECISÕES

Você é bom em 'TOMAR DECISÕES'?
Um grupo de crianças brinca próximo a duas vias férreas. Uma das vias ainda está em uso e a outra está desativada. Apenas uma criança brinca na via desativada, enquanto que as outras, na via em operação. O trem está vindo e você está exatamente sobre aquele aparelho que pode mudar o trem de uma linha para outra. Você pode fazer o trem mudar seu curso para a pista desativada e salvar a vida da maioria das crianças.
Entretanto, isto significa que a solitária criança que brinca na via desativada será sacrificada. Você deixaria o trem seguir seu caminho? O que você faria? Discuta e anote a decisão e porquê?

RESPOSTA:
A maioria das pessoas escolherão desviar o trem e sacrificar só uma criança.
Você pode ter pensado da mesma forma, eu acho.
Exatamente, salvar a vida da maioria das crianças à custa de uma só criança é a decisão mais racional que a maioria das pessoas tomariam, moralmente e emotivamente. Mas, você pensou que a criança que escolheu brincar na via desativada foi a única que tomou a decisão correta de brincar num lugar seguro?
Não obstante, ela tem que ser sacrificada por causa de seus amigos ignorantes que escolheram brincar onde estava o perigo.
Este tipo de dilema acontece ao nosso redor todos os dias. No escritório, na comunidade, na política...
E especialmente numa sociedade democrática, a minoria freqüentemente é sacrificada pelo interesse da maioria, não importa quão tola ou ignorante a maioria seja e nem a visão de futuro e o conhecimento da minoria.
Além do mais, se a via tinha sido desativada, provavelmente não era segura. Se você desviou o trem para a outra via, colocou em risco a vida de todos os passageiros.
E em sua tentativa de salvar algumas crianças sacrificando apenas uma, você pode acabar sacrificando centenas de pessoas.
Se estamos com nossas vidas cheias de fortes decisões que precisam ser tomadas, nós não podemos esquecer que decisões apressadas nem sempre levam ao lugar certo. Lembre-se de que o que é correto nem sempre é popular... e o que é popular nem sempre é correto.
E que todo o mundo comete erros; foi por isso que inventaram a borracha e o apagador.
'De tanto ver as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes na mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter a vergonha de ser honesto'


Rui Barbosa

EU TE AMO


EU TE AMO NÃO DIZ TUDO!


"O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama.Assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.
Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferençade quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estãodando certo, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dáuma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás, e vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ele(a)fica triste quando você está triste, e como sorri com delicadeza quandodiz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformama mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabeque tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, seminventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustentamuito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;quem não levanta a voz, mas fala;quem não concorda, mas escuta. "
Arnaldo Jabor

SEJA UM IDIOTA

A idiotice é vital para a felicidade.Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!... Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios... Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos..."

Arnaldo Jabor

sábado, 17 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ÉMILLE DURKHEIM

ALIENAÇÃO= trabalho torna-se capitalista.
Segundo Carl Marx, alienação significa:
1- Separação do produto do trabalho
2- Da comunicação de trabalhadores
3- De si mesmos com ser humano.

CLASSICOS DA SOCIOLOGIA

ÉMILLE DURKHEIM

*Solidariedade Social(mecanica / organica)
Mecanica: os individuos se ajudam a partir da igualdade em
comunidade. É voluntário

Organica: se baseia na especialização para ajudar um ao outro;
cada individuo exerce seu conhecimento e sua função. É involuntário.

*Divisão Social do Trabaalho
*Coesão Social(efervescencia social)
*Desvio Social
*Anomia - Suicidio(3 tipos)

Seguidor direto de Comte, sua meta era estabelecer a sociedade como ciencia.
Estabelecer o objeto da sociologia(fatos sociais) que deveriam ser analisados como:
COLETIVOS(acontecem como grupo, não individualmente)
COERCITIVO( forçam o individuo a agir, forçam uma ação como imposição.
COISAS(se afastam do objeto como fazendo parte dele.

Esse desenvolvimento se deu para haver uma ordenação das coisas.
Analogia= corpo / sociedade= estrutura interdependente( direcionado a entender o funcionamento prevendo desvios, através de um diagnostico.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ILUSÕES DE OTICA




OLHE DIREITINHO, É SÓ UM ABAJUR


HAJA LUZ
















A VERDADEIRA OBRA DE DA VINCI

HABITANTES DO NOSSO MUNDO INTERNO


É nosso Aparelho Psíquico que se compõe de Id, Ego e Super Ego.
Id: nascemos com ele e ele representa nossos impulsos que obedecem ao princípio do prazer. Isto é, desejo algo, portanto quero agora, não se tolera a frustração. Como por exemplo, um bebê chora por que está com as fraldas molhadas, ou tem fome, eles choram para ser atendidos naquele momento, isto é a busca pelo prazer, pelo bem estar. O não atendimento gera angústias tremendas.
Ego: conforme o bebê vai crescendo, ele vai ganhando algum entendimento em relação a ser atendido em suas demandas. Agora ele já sabe que se sente desconforto, ele pode até chorar e sabe que a mãe ou a pessoa que cuida, virá. Portanto agora existe o princípio de realidade. Ele aprende a suportar o sofrimento para alcançar o prazer. O ego tem a função de autopreservação pois se o ser humano vive apenas de buscar o prazer ele acaba não resistindo. Agora existe um intermediário entre o mundo interno (Id) e o mundo externo. O ego ganha funções: perceber, lembrar, pensar, planejar e decidir. Portanto, agora o ego avalia as situações, sabendo se as necessidades devem ser atendidas naquele momento ou se podem esperar. Como já existem lembranças consegue avaliar se existem situações que são perigosas para evitar o desprazer.
Superego: a medida que a criança cresce, ela percebe que existem no mundo regras e normas. Agora o Ego é o responsável pelo equilíbrio entre Id e Superego. Pois um quer receber, e é considerado nossa herança biológica, o outro tem leis e normas, o que é certo e o que é errado, este é nossa herança socio-cultural. O super ego é conhecido popularmente como consciência.
Fonte de pesquisa: Desenvolvimento da Personalidade - Flávio Fortes D'Andrea (1987)
Vida não é sobre esperar a tempestade parar, é sobre aprender a dançar na chuva!


SORRIA

Calma, você não está sendo filmado!
É apenas para falar da importância do sorriso.
Sorrir não apenas muda sua expressão facial mas também faz com que seu cérebro produza endorfinas a qual reduz dores físicas e emocionais dando sensação de bem-estar.
Você sabia que quando você sorri sua face usa 16 músculos e quando você está sério ou estressado sua face usa 92 músculos?
Portanto trate de sorrir, senão vai ficar velho mais cedo!!!

CONSCIENTE. PRÉ CONSCIENTE, INCONSCIENTE

Após falar sobre Id, Ego e Superego; não posso deixar de falar daquilo que dá vida a estas instâncias, que são consciente, pré-consciente e inconsciente.
Consciente: é o que temos acesso, onde podemos estar fixados em nossas lembranças do passado ou concentrados apenas em nosso presente. Portanto, quanto mais no passado estamos ligados menos "presente" vivemos e vice-versa.
Pré-consciente: é aquilo que podemos lembrar. São conteúdos que não estão presentes o tempo todo, mas temos acesso a essas informações, como por exemplo, um número de telefone ou endereço, ou até mesmo um nome.
Inconsciente: é a parte primitiva, é o nosso Id.
Embora não tenhamos acesso as informações que já foram registradas o inconsciente influencia nosso comportamento, por exemplo, nosso comportamento, nosso jeito de falar e de agir, são frutos de registros inconscientes.
Se formos representar essa estrutura graficamente, vamos imaginar um iceberg.
O topo corresponde ao consciente, a porção deste iceberg que fica entre a superfície e parte submersa, mas conforme o movimento da água, podemos ver, é chamado de pré-consciência e a parte que está totalmente submersa e maior é o inconsciente. Embora não tenhamos acesso as estas informações, lembrem-se, são elas que influenciam nossas vidas.

FILHOS CARENTES, PAIS AUSENTES


Pai Ausente, Filho Carente!


Uma breve revisão desta leitura.
Algumas pessoas dizem: quero ter um filho. Outras dizem: quero ser pai/mãe.
Conseguem perceber a diferença?
No decorrer de nossas vidas vamos incorporando papéis, não somos apenas mulheres e homens, temos sempre nossas funções.
Nessa de se dizer quero ter um filho, pode ser que algumas dessas pessoas, um provável pai, acabe sendo ausente na vida do filho. Outro dia poderemos falar do papel da mãe. Hoje o livro e minha leitura falam desse buraco, da ausência na vida dos meninos quando eles não tem uma referência presente.
Muitas vezes pela própria ausência em si, outras vezes por problemas com drogas, alcoolismo, em outros casos pais nada afetivos e muito agressivos.
Devemos entender aqui que falar em afetividade não necessariamente nos referimos a pais que abraçam e beijam seus filhos. Afeto são demonstrações de cuidados, a comida que se põe em casa, a preocupação com o futuro dos filhos.
Pais um dia foram filhos e alguns também não tiveram referência de pais amáveis, cuidadores, então quando assumem este papel também não tem muitos recursos afetivos, sabem é providenciar.
O processo de libertação para uma vida melhor dos filhos que crescem com a ausência será entender esta falta em seus próprios pais e reconhecerem que de alguma maneira houve afeto, houve cuidado, e quando não, quando existe apenas a ausência, a surra, a agressividade, encarar essa agressividade na fase adulta, para tratar desse rombo, mas lidar de uma maneira que não agrida o outro e nem a si próprio.
Todos nós carregamos agressividade em nosso interior, como também carregamos coisas boas.
Jean Paul Sartre diz que o mais importante não é o que fizeram conosco, mas sim o que nós fazemos com aquilo que conosco fizeram.
O segredo dessas relações é o perdão. Se existe cura para uma vida de mais qualidade, esta se chama PERDÃO!
Enquanto nos escondemos atrás de mágoas e dores emocionais, ficamos travados lá atrás e não progredimos em direção ao nosso futuro.
Se desmembrarmos a palavra perdão, ela é uma grande perda. Eu abro mão do direito que tenho de ficar bravo, triste, com raiva, em nome de um bem estar.
Quem ganha mais sempre é o lado que doa, que libera o perdão.
Termino este artigo transcrevendo um poema que está ao final do livro - de um poeta ameríndeo:
a pedra não tem necessidade nem do sol nem da água para viver;
as plantas têm necessidade da água, da terra, do sol e das pedras para existir;
os animais têm necessidade necessidade das plantas, das pedras, da água, do sol e da terra para substituir;
os homens têm necessidade dos animais, das plantas, das pedras, da terra e do sol para sobreviver; o homem é portanto o mais dependente de todos os seres.

AS 7 FOBIAS MAIS COMUNS

Claustrofobia: medo de lugares fechados, como elevadores, túneis, ambientes pouco ventilados e até mesmo equipamentos de tomografia e ressonância magnética;

2 - Agorafobia: medo de espaços abertos e cheios de gente, como estádios, shopping centers e locais de shows;

3 - Glossofobia: medo de falar em público;

4 - Hipsiofobia: medo de altura;

5 - Amaxofobia: medo de andar de carro;

6 - Hidrofobia: medo de água, de entrar em piscinas e nadar no mar;

7 - Eritrofobia: medo de sangue.

domingo, 6 de setembro de 2009

DIVISÃO CELULAR

CICLO CELULAR
Um dos pressupostos fundamentais da
biologia é o de que todas as células se
originam a partir de células pré-existentes, à
exceção do ovo ou zigoto que, nos seres
vivos com reprodução sexuada, resulta da
união de duas células reprodutivas
(gametas), cada qual com metade da
informação genética.
Em biologia, chama-se ciclo celular o conjunto de processos que ocorrem em uma
célula viva entre duas divisões celulares.
OS CROMOSSOMOS HUMANOS
Nas células humanas são encontrados 23
pares de cromossomos. Destes, 22 pares são
semelhantes em ambos os sexos e são
denominados autossomos. O par restante
compreende os cromossomos sexuais, de
morfologia diferente entre si, que recebem o
nome de X e Y. No sexo feminino existem dois
cromossomos X e no masculino existem um
cromossomo X e um Y.

Existem dois tipos de divisão celular:MITOSE e MEIOSE.
Funções da Divisão celular:

• Na maioria dos seres unicelulares, a divisão conduz á reprodução do individuo, dando
origem a duas células independentes, que irão constituir dois novos indivíduos.
• Nos seres multicelulares, a divisão celular permite a regeneração das células ou
parte de órgãos que foram danificados ou a renovação das que envelheceram e
morreram. No caso do Homem o seu crescimento para, mas as divisões celulares
continuam, assegurando a regeneração das células sanguíneas e da pele entre outras.
DIVISÃO CELULAR
MITOSE:
A mitose é um processo de divisão celular conservativa. A partir de uma célula inicial, originam-se duas
células idênticas, com igual composição genética, mantendo assim inalterada a composição e teor de
DNA característico da espécie (exceto se ocorrer uma mutação, fenômeno muito raro e acidental).
MEIOSE:
Esta divisão celular ocorre em dois períodos: Intérfase (período onde não houve divisão
ainda, a célula está se preparando para se dividir) e Mitose – a divisão propriamente dita.

MITOSE ou CARIOCINESE
Fase G1 (gaps= intervalo) - é a primeira fase de
crescimento. É um período de intensa atividade
bioquímica, no qual a célula cresce em volume e
o número de organitos aumenta;
Fase S - é a fase em que o DNA é replicado.
Esta é a fase de síntese (S) de DNA. Cada
cromossomo é duplicado longitudinalmente,
passando a ser formado por duas cromátides.
Nesta etapa numerosas proteínas também são
sintetizadas. A síntese do DNA ocorre, portanto,
somente neste período da interfase, denominado
S ou sintético;
Fase G2 - é a segunda fase de crescimento.
Durante o período G2 a célula possui o dobro
(4C) da quantidade de DNA presente na célula
diplóide original (2C). Esta fase conduz
diretamente á mitose e permite formar estruturas
com ela diretamente relacionadas, como as fibras
do fuso acromático.
Fase M (mitose): a citocinese - quando a célula
se divide em duas células-filhas.
Esta divisão celular ocorre em dois períodos: Intérfase (período onde não houve divisão
ainda, a célula está se preparando para se dividir) e a divisão propriamente dita.

MITOSE ou CARIOCINESE
A mitose se divide em quatro fases fundamentais: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase.
Prófase (pro = antes): em atividade o centro celular que evolui e acaba
por originar dois outros, funcional e estruturalmente iguais. No início da
divisão, quando os filamentos de cromatina aparecem enovelados, na
forma de cromossomo, eles já estão duplicados (foram duplicados na
interfase). Ao longo da prófase, os filamentos de cromatina sofrem um
progressivo enrolamento, tornando-se suficientemente condensados para
serem visualizados ao microscópio óptico sob a forma de cromossomos,
com duas cromátides.
• Pró-metáfase: é o curto período de transição da prófase para
metáfase. A transformação deste período é a desintegração da
membrana nuclear (ela incorpora-se ao RER). Os cromossomos
então se dirigem à região equatorial da célula, aonde vão se prender
as fibras do fuso por meio de seus centrômeros.
Metáfase (meta = depois): Os cromossomos duplicados estão presos
pelo centrômero às fibras do fuso acromático, ocupando a região mediana
da célula. Os cromossomos alinhados nessa região formam a chamada
placa equatorial, com as cromátides-irmãs voltadas uma para cada pólo da
célula.
Anáfase
Telófase
Prófase
Metáfase

MEIOSEDivisão celular onde uma célula dá origem a quatro células, cada uma com a metade do
número de cromossomos da célula original.
Na meiose ocorrem duas divisões fundamentais:
a divisão I, ou divisão reducional: A divisão I é reducional, porque o número de
cromossomos fica reduzido para metade; e
a divisão II, ou divisão equacional: é equacional, pois mantém-se o número de
cromossomos, diminuindo-se apenas a quantidade de DNA (Q).


A principal característica desse
processo de divisão é o fato dele
dividir pela metade o número de
cromossomos de uma célula. Assim,
todas as células de um homem
normal apresentam 46
cromossomos, e as células filhas
apresentarão apenas 23
cromossomos. Contudo este
processo origina não apenas duas
células filhas, como na mitose, mas
origina quatro células que
apresentam a metade do número de
cromossomos da célula mãe.

MEIOSE
Meiose I ou Reducional = com as seguintes fases:
• Prófase I (subdivide-se em : Leptóteno, Zigóteno, Paquóteo, Diplóteno e Diacinese): Os
cromossomos encurtam e engrossam. (condensação). Ocorre emparelhamento de cromossomos
homólogos – sinapses. Ao dar-se o emparelhamento surgem pontos de cruzamento entre 2
cromátides dos cromossomos homólogos. Ocorre o fenômeno de crossing-over - recombinação
de genes de cromátides de cromossomos homólogos. Inicia-se a formação do fuso acromático;
• Metáfase I: Os pares de cromossomos ligam-se a microtúbulos do fuso acromático pelos
centrômeros, e dispõem-se no plano equatorial aleatoriamente;
• Anáfase I: os centrômeros são levados em direção a pólos opostos;
• Telófase I: Os cromossomos descondensam-se. Desaparece o fuso acromático. Reconstitui-se
a membrana nuclear. Inicia-se a individualização de dois núcleos haplóides, que têm metade do
número de cromossomos do núcleo diplóide inicial.
Seguindo-se a telófase I, existe uma interfase de curta duração onde não ocorre replicação do
DNA. Nesta fase, o número de cromossomos é haplóide, porém cada cromossomo possui duas
cromátides.
Meiose II ou Equacional = com as seguintes fases:
 Prófase II;
 Metáfase II;
 Anáfase II; e
 Telófase II.


Resumo comparativo: MITOSE X MEIOSE
- Prófase da mitose: cromossomos homólogos não se pareiam.
- Prófase da meiose: cromossomos homólogos pareiam-se.
- Metáfase da mitose: placa equatorial formada pelos cromossomos duplicados.
- Metáfase da meiose: placa equatorial formada pelas tétrades.
- Anáfase da mitose: divisão do centrômero, na meiose, não há a divisão.
- Telófase da mitose: 2n cromossomos duplicados.
- Telófase da meiose: n cromossomos duplicados.
A mitose ocorre em todas as células somáticas do corpo e, por meio
dela, uma célula se divide em duas, geneticamente semelhantes à
célula inicial. Assim, é importante na regeneração dos tecidos e no
crescimento dos organismos multicelulares. Nos unicelulares, permite
a reprodução assexuada.
Já a meiose só ocorre em células germinativas, com duas divisões
sucessivas. A célula-mãe se divide em duas, que se dividem de novo,
originando quatro células filhas com metade dos cromossomos da
célula inicial: são os gametas, geneticamente diferentes entre si.

Erro na meiose: Aberrações Cromossômicas
Alterações estruturais: Os cromossomos podem partir-se e soldar-se novamente.
• Cromossomo normal: A B C _ D E F
• Deficiência: perda de uma parte do cromossomo: A - - D E F
• Duplicação: presença de um segmento extra, que pode-se originar de um crossing-over
desigual. A B C A B _ D E F
• Inversão: um segmento do cromossomo destaca-se e solta-se na posição invertida: A C B _
D E F
Alterações numéricas:
• Quando as células que deveriam ser diplóides, são haplóides, triploides (3n) ou tetraploides
(4n).
• Quando a célula diplóide apresenta um número de cromossomos que não é múltiplo de (n). A
célula pode apresentar monossomia (2n - 1) ou trissomia (2n + 1), conforme falte um
cromossomo homólogo, ou ele esteja em excesso.
As alterações numéricas geralmente são decorrentes de uma não-disjunção dos cromossomos
na meiose. Exemplo: As síndromes (Down, Klinefeelter e Turner).

GENETICA MENDELIANA

GENÉTICA MENDELIANA - Gregor Johann Mendel (1822 – 1884)
O monge Gregor Mendel realizou experimentações com ervilhas cultivadas em seu jardim, no mosteiro de Brunn, na Áustria. Em 1865, ele publicou o artigo "Experiments with Plant Hybrids" que foi ignorado, sendo reconhecido 30 anos depois da publicação.
As Leis de Mendel são consideradas a base das atuais noções sobre os mecanismos de transmissão dos caracteres hereditários.
O monge austríaco:


o "pai" da genética.
ESCOLHA DO MATERIAL - Por que ervilhas (Pisum sativum)?

 Fácil cultivo em canteiros;
 Várias características contrastantes e de fácil observação;
 Ciclo vital curto e grande número de descendentes (sementes);
 Ocorrência natural de autofecundação, portanto linhagens naturais ou puras.
O SUCESSO DO TRABALHO DE MENDEL É ATRIBUÍDO AO:
 Planejamento cuidadoso dos experimentos;
 Escolha de um material de pesquisa adequado;
 Método empregado na organização dos experimentos;
 Execução de experimentos com rigor científico;
 Análise estatística no tratamento dos dados.
IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE MENDEL:
 Os caracteres ou os traços dos pais passam às gerações sucessivas.
 Os indivíduos possuem 2 jogos de fatores: um recebido da mãe e o outro do pai.
 Não faz nenhuma diferença se o caractere foi herdado do macho ou da fêmea: ambos contribuem na mesma maneira.
 Além disso, estes fatores são, às vezes, expressos ou escondidos, mas nunca perdido.
1ª LEI DE MENDEL: "PUREZA DOS GAMETAS"
"Quando da formação dos gametas os dois membros de um par de genes segregam, ou se separam; portanto, cada gameta carrega um único membro daquele par de genes".



2ª LEI DE MENDEL: "SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE"
"Na herança de duas ou mais características, os fatores, segregados na formação dos gametas, não se fundem, mas se distribuem independentemente nos gametas podendo ter todas as combinações possíveis".
Tipos de Herança

 Heredograma: "árvore genealógica".
Herança Autossômica dominante:
 Não há diferença quanto ao sexo;
 Indivíduos afetados são encontrados em todas as gerações;
 Indivíduos afetados tem pelo menos um dos genitores afetados (exceto por mutações novas);
 Em média, 50% da prole de um genitor afetado devem ser afetados.
Herança Autossômica recessiva:
 Deve-se encontrar, aproximadamente, o mesmo nº de homens e mulheres afetadas;
 Os indivíduos afetados, geralmente tem pais normais (porém, heterozigotos);
 Há a probabilidade de 25% da prole de pais heterozigotos ser afetada (homozigota recessiva).
Ex: Fenilcetonúria – distúrbio no metabolismo

Herança Ligada ao X recessiva:
 A freqüência de mulheres afetadas deve ser muito menor que a de homens afetados, pois as mulheres precisam receber 2 genes (homozigotos) para serem afetadas, enquanto os homens apenas um (hemizigotos).

Herança Ligada ao X dominante:
 O nº de mulheres afetadas pode ser igual, inferior ou superior a de homens afetados;
 A melhor maneira de identificá-la é quando, no Heredograma, possui um homem afetado, onde todas as filhas são afetadas, mas nenhum dos filhos é afetado.
Ex: Dentina marron.
 Os casamentos consangüíneos
 "Aconselhamento" Genético: A informação genética é uma atividade multidisciplinar, envolvendo o médico, o geneticista, um bom laboratório de apoio e um psicólogo que irá trabalhar com a pessoa da família, dando toda a orientação e o amparo de que necessitam.
Herança Influenciada pelo sexo: O gene encontra-se em um autossomo, mas sua manifestação fenotípica, sob influência hormonal, se dá em ambos os sexos, com freqüências diferentes. Ex: A calvície hereditária.

Herança Limitada ao sexo:
Forma especial de herança autossômica que se expressa apenas em um sexo – não se manifesta nas mulheres.
Ex: A puberdade precoce e a epísie óssea (homens de baixa estatura).

CONCEITOS

GENÉTICA
Conceitos Gerais:
• GENE: fragmento de DNA que pode ser transcrito na síntese de proteínas.
• LOCUS (LOCO): local, no cromossomo, onde se encontra o gene.
• ALELOS: genes que ocupam o mesmo locus em cromossomos homólogos.
• HOMÓLOGOS: cromossomos que possuem genes para as mesmas características.
• GENÓTIPO: conjunto de genes de um indivíduo.
• FENÓTIPO: características observáveis, que são determinadas por genes e que podem ser alteradas pelo ambiente.
• GENE LETAL: com efeito mortal.
• GENE DOMINANTE: aquele que sempre que está presente se manifesta.
• GENE RECESSIVO: aquele que só se manifesta na ausência do dominante.
• HOMOZIGOTO OU PURO: indivíduo que apresenta alelos iguais para um ou mais caracteres.
• HETEROZIGOTO OU HÍBRIDO: indivíduo que apresenta alelos diferentes para um ou mais caracteres.
• MONOIBRIDISMO: (herança monofatorial) herança de apenas um caractere. Puros.
• DIIBRIDISMO: herança, concomitante, de dois caracteres.

CELULAS TRONCO

CELULAS TRONCO


O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO?
Células-tronco são células capazes de multiplicar-se e diferenciar-se nos mais variados tecidos do corpo humano (sangue, ossos, nervos, músculos e etc). Sua utilização é para fins terapêuticos. Elas existem em vários tecidos humanos, no cordão umbilical e em células embrionárias na fase de blastócito.
• Células com grande capacidade de transformação celular (totipotentes)
• Capacidade de auto-replicação
• São encontradas em embriões, cordão umbilical e em tecidos adultos
TIPOS DE CÉLULAS-TRONCO
Após fecundação do gameta feminino e masculino, se desenvolve em: 2 blastômeros, 4, 8, 16, mórula, blástula, gástrula, nêurula (embrião e feto).
Células na fase de blástula são extraídas e recebem estímulos para se diferenciar em diversos tipos de tecidos, que poderão ser usados para substituir órgãos humanos danificados (pâncreas, músculos, coração, etc).
Células-tronco adultas:
 Cordão umbilical
 Polpa dentária
 Líquido amniótico
 Medula óssea
Células-tronco embrionárias:
As Células-tronco adultas não são capazes de se diferenciar espontaneamente em todos os tipos de células humanas, mas podem ser induzidas. Além disso, elas perderem a capacidade de se diferenciar após certo tempo, o que inviabiliza a utilização destas células para uso terapêutico.
As células-tronco embrionárias podem se diferenciar espontaneamente em todos os tipos de tecidos.
CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS:
Podem se classificar de acordo com o tipo de células que podem gerar.
 Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias;
 Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião;
o Multipotentes: podem produzir células de várias linhagens;
o Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem;
o Unipotentes: produzem somente um único tipo celular maduro.
INTERESSE NO USO DE CÉLULAS-TRONCO
 Biologia básica do desenvolvimento
 Estudo das doenças humanas em modelos animais
 Cultura de linhagem celular especializada
 Terapia Gênica
 Produção de linhagens celulares específicas para transplantes
CÉLULAS-TRONCO E SUAS APLICAÇÕES
 Em cirurgias plásticas reparadoras e estéticas
 Tratamentos de fertilidade
 Tratamento de diabetes
 Reconstituição de córnea
 Reposição de dentes
 Desenvolver medicamentos para doenças genéticas.
 Substituir tecidos doentes ou lesionados
 Transplantes
 Clonagem reprodutiva e terapêutica (É proibida em seres humanos).
 Etc. (Câncer, diabetes, Mal de Parkinson, cegueira, doenças renais, doenças hepáticas, distrofia muscular, doenças pulmonar, Alzheimer,...).
CÉLULAS-TRONCO NO BRASIL - Lei de Biossegurança:
 Em março/2005 – No Congresso Nacional, os deputados aprovaram a Lei de Biossegurança - Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, que no seu artigo 5º autoriza o uso de pesquisas com células-tronco embrionárias.
A Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005 estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio e dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB.
No entendimento desta Lei, os embriões utilizados nas pesquisas devem ser gerados em clínicas de fertilização e congelados há mais de 3 anos e/ou serem considerados sem qualidade para gerar um novo ser. O seu uso deve ser autorizado pelos genitores e pelo Conselho de Ética e Pesquisa da Instituição do cientista pesquisador (Universidades, laboratórios e serviços de saúde).
 A Lei de Biossegurança proíbe a clonagem terapêutica e reprodutiva.
 A Lei dos Transplantes de Órgãos proíbe a comercialização de material biológico.
Na pesquisa do IBOPE/2008, 75% da população é favorável as pesquisas; 25% concorda, mas impõe restrições e 5% discorda totalmente.
Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
I – sejam embriões inviáveis; ou
II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
§ 1º Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.
§ 2º Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
CIÊNCIA X RELIGIÃO
A Igreja Católica: Considera a destruição de embriões equivalente ao aborto. Ela acredita que a vida de uma pessoa tem início na fecundação, desta forma não há justificativa eticamente adequada para tal tipo de pesquisa. Em um comunicado emitido após o anúncio da clonagem de embrião humano, o Vaticano disse que a clonagem "nos leva a reafirmar que a vida humana começa já no primeiro instante em que se forma o embrião".
O Judaismo: A Lei Judaica (Halachá) não faz objeção ao uso de um embrião em estágio tão primário. “Um óvulo fertilizado in vitro não tem "humanidade".
A Igreja Ortodoxa: A Igreja Ortodoxa, principal religião da Rússia, condena a clonagem, mesmo para fins terapêuticos.
O Espiritismo: O Espiritismo concorda, em parte, com a utilização de células-tronco embrionárias, tendo em vista o seguinte:
 Não concorda: (só a Deus compete tirar a vida) porque após a retirada das células o embrião será sacrificado, configurando-se o aborto.
 Concorda: Há situações em que o embrião não vingará, ou seja, por variadas razões o espírito não reencarnará naquele corpo ou não se manterá nele - Estas seriam células-tronco da medula óssea ou do cordão umbilical.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

KARL MARX

Karl Marx


Karl Marx
Karl Heinrich Marx (1818-1883), filósofo, economista e militante revolucionário alemão. Fundador do comunismo científico, grande educador e guia do proletariado mundial, inspirador e organizador da I Internacional ("Associação Internacional dos Trabalhadores"). Marx nasceu a 5 de maio de 1818 em Trévers ou Trier, Alemanha. Seu pai era advogado. Depois do liceu cursado na cidade natal, Marx prosseguiu os estudos na Universidade de Bonn, e mais tarde, na de Berlim, onde ingressou no grupo 'hegelianos de esquerda" de tendência revolucionária. Dedicou sua tese de doutoramento à filosofia de Epícuro e de Demócrito, defendendo aí concepções idealistas. Após ter brilhantemente a tese na Faculdade de Filosofia de Hiena, Marx voltou a Bonn; mas abandonou-a em 1842 para dirigir-se a Colônia, onde exerceu a função de chefe de redação da "Gazeta do Reno, órgão da burguesia radical" da Renânia. Lênin refere-se ao período de trabalho de Marx na "Gazeta do Reno" como de um período de transição do idealismo para o materialismo, do democraticismo revolucionário para o comunismo. Em princípios de 1843, a "Gazeta do Reno", que sob a direção de Marx era um órgão democrático-revolucionário e achava-se submetida a rigorosa censura foi proibida de circular. Em junho de 1843, Marx casou-se com Jenny de Wastfália, sua amiga de infância. Em fins de outubro de 1843 fixou residência em Paris, onde fundou, com Arnold Ruge, os "Anais franco-alemães". Aí foram publicados seus notáveis artigos "Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel" e "A questão judaica". "Nos artigos publicados nessa revista, Marx aparece-nos já como revolucionário que proclama "a crítica implacável de tudo o que existe" e, particularmente "a crítica das armas", apelando para as massas e o proletariado" (Lênin, Marx e Engels). Em setembro de 1844, deu-se o encontro de Marx e Engels em Paris, encontro que foi o início de sua luta comum pela causa operária. Foram eles os primeiros a revelar o papel histórico do proletariado como coveiro do capitalismo e construtor do comunismo, e converteram-se em educadores e dirigentes do proletariado, em campeões da luta pela emancipação dos trabalhadores da escravidão capitalista. "As lendas antigas", escreve Lênin "oferecem exemplos comovedores de amizade. O proletariado europeu pode dizer que sua ciência foi criada por dois sábios e militantes cujas relações pessoais empalidecem as mais comovedoras lendas antigas sobre a amizade entre homens" . Em 1845. Marx e Engels escreveram "A .Sagrada Família" , contra as chefes dos "Jovens hegelianos" , Bruno Bauer, e companhia, livro que desempenhou importante papel na elaboração do marxismo. Marx e Engels expuseram sua teoria do comunismo científico na obra "A ideologia alemã" . Em Paris, Marx consagrou-se ao estudo da economia política e da história da Revolução Francesa, sem deixar por isso de prosseguir na atividade revolucionária. Em 1845, ante a insistência do governo prussiano, Marx foi expulso de Paris como perigoso revolucionário. Tendo fixado residência em Bruxelas, Marx, em 1847, publicou sua obra "Miséria da. Filosofia" , resposta à "Filosofia da Miséria", do anarquista e socialista pequeno-burguês Proudhon. Em Bruxelas. Marx aderiu a uma sociedade secreta de propaganda, a "Liga dos Comunistas", e tomou parte dirigente no II Congresso da Liga, que encomendou a Marx e Engels a redação do programa dessa associação. Dessa forma foi como em fevereiro de 1848 apareceu o célebre "Manifesto do Partido Comunista" , com sua grande palavra de ordem internacional: "Proletários de todos os países, uni-vos!" "Esse pequeno livro vale tomos inteiros, escreveu Lênin, e seu espírito faz viver e marchar, até nossos dias, todo o proletariado organizado e combatente do mundo civilizado" . Em Bruxelas, Marx continuou sua luta contra o governo prussiano. Quando estourou a revolução de fevereiro de 1848 na F rança, o governo belga, à vista do movimento popular que se iniciava em Bruxelas. Expulsou Marx, que foi levado, sob escolta policial, à fronteira francesa. Marx voltou a Paris. Mas depois da revolução de março de 1848 na Alemanha, rumou para Colônia, para ali fundar a "Nova Gazeta do Reno". Depois da vitória da contra-revolução na Alemanha, Marx foi processado e em seguida expulso também de Paris, após as manifestações de junho de 1849, a: do que refugiar-se em Londres, onde viveu até o fim de seus dias. Depois do golpe de Estado na França, Marx publicou a "Luta de classes na França" e "O 18 Brumário de Luís Bonaparte", obras nas quais faz o balanço da revolução de 1848-1851. Os anos seguintes foram consagrados à sua principal obra científica, "O capital" . Após prolongadas pesquisas econômicas, Marx publicou em 1859 a "Contribuição à crítica da Economia Política", primeira exposição de sua teoria do valor e do dinheiro. Oito anos mais tarde, em 1867, apareceu em Hamburgo o livro primeiro de "O Capital", contendo os princípios essenciais das concepções econômicas e socialistas de Marx, assim como as bases de sua crítica da sociedade contemporânea, do modo de produção capitalista e de suas conseqüências. Durante os anos que Marx dedicou a "O Capital", desempenhou, concomitantemente, desbordante atividade. Perante a ascensão do movimento operário, no começo da década de 60, Marx dedicou-se à realização de sua idéia: criar uma associação de trabalhadores para elaborar uma tática única para a luta proletária. Em 1864, foi fundada em Londres a ,"Associação Internacional dos Trabalhadores", e I Internacional, da qual foi Marx o animador e chefe ideológico. Redigiu o Manifesto inaugural da Internacional e quase todos seus principais documentos. Ao criar a I Internacional, Marx lançara os alicerces da organização proletária internacional para a luta revolucionária pelo socialismo. A testa da Internacional, Marx empreendeu a luta para dar fim à dispersão do movimento operário. "A Internacional havia sido fundada para substituir as seitas socialistas e semi-socialistas por uma efetiva organização da classe operária" (Marx-Engels, Obras). Numa luta implacável contra o oportunismo dentro do movimento operário, contra os anarquistas (proudhonianos, bakuninistas, etc.), Marx elaborou a tática revolucionária para a luta da classe operária. Em 1871 escreveu sua célebre obra " A guerra civil na França", na qual analisa a experiência da Comuna de Paris, dando dela uma apreciação "profunda, exata, brilhante, eficaz, revolucionária" (Lênin). Em virtude da reação que se seguiu à queda da Comuna de Paris, o Conselho Geral da Internacional, por uma decisão do Congresso de Haia (1872), foi transferido para os Estados Unidos, onde, posteriormente, declarou-se dissolvido. Marx consagrou-se novamente a "O Capital", plenamente consciente do alcance dessa obra para a revolução proletária, para a classe operária internacional. Em 1875, escreveu sua célebre "Crítica do Programa de Gotha" . A partir do começo da década de 60, Marx foi seguindo com a maior atenção o movimento de libertação social na Rússia. Estudou a língua russa para poder ler no original as obras de literatura que espelhavam as relações sociais na Rússia. Inteirou-se com alegria de que seu livro "O Capital" havia sido já traduzido em russo... "na Rússia, onde se le e aprecia "O Capital" mais do que em qualquer outro pais, nosso êxito é ainda mais considerável" . Tinha alta estima pelos grandes revolucionários democráticos russos Chernishevsky , Dobroliubov. O profundo exame das mudanças econômicas e políticas ocorridas na Rússia permitiu a Marx e Engels prever logo no fim de Comuna de Paris de 1871 a iminência da primeira grande revolução russa. "Quando a Comuna de Paris foi esmagada pelos massacres organizados pelos defensores da ordem", escreveram Marx e Engels em 21 de março de 1881, "os vencedores não podiam nem sequer supor que apenas dez anos mais tarde, lá longe, em Petroburgo. produzir-se-ia um acontecimento que deverá levar inevitavelmente, mesmo que a luta tenha que ser longa e cruel, à Comuna Russa.... Dessa forma, a Comuna que as potências do velho mundo julgavam ter varrido da face da terra, vive ainda!". Lênin frisou que Marx e Engels haviam tido fé na revolução russa, que estavam convencidos de seu imenso alcance mundial. As Medidas de expulsão de que foi objeto Marx em numerosas ocasiões por parte de governos reacionários, a miséria de que padeceu toda a sua. vida, e que o apoio financeiro de Engels apenas atenuou parcialmente, a luta implacável que manteve contra as correntes não-proletárias e anti-proletárias de toda espécie, o trabalho intensivo que exigiam suas obras teóricas, tudo isso aniquilou a saúde de Marx e no dia 14 de março de 1883, este homem genial faleceu. Foi o cérebro e o coração do proletariado, da classe mais progressista, chamada a realizar uma reviravolta na história da humanidade. "E morreu, diz Engels, venerado, querido, chorado por milhões de operários da causa revolucionária, como ele, disseminados por toda Europa e América, desde as minas da Sibéria até a Califórnia". ("Discurso diante da tumba de Marx", em Marx-Engels, Obras Escolhidas).

Karl Marx nasce em 1818, em Trier ou Trévers, "a menor e mais desgraçada aldeia, cheia de mexericos e ridículos endeusamentos locais". De sua juventude não se sabe nada de significativo. Interessante é no máximo observar que o futuro ateísta fanático tenha escrito um ensaio de conclusão do curso secundário sobre o tema "A Unificação dos Crentes em Cristo". Depois, quando segue para Bonn a fim de estudar Direito, encontra notoriamente dificuldades em lidar com as coisas exteriores. Em todo caso, assim lhe escreve a mãe apreensiva: "Você não deve considerar de modo algum uma fraqueza feminina, se eu agora estiver curiosa para saber como tem administrado sua vida doméstica, se a economia representa também algum papel, o que é uma necessidade inevitável tanto para grandes como para pequenas casas. Permito-me assim observar, querido Karl, que você nunca deve considerar limpeza e ordem coisas secundárias, pois disso depende a saúde e o bem-estar. Observe rigorosamente que seu quarto seja lavado. E lave-se você também, querido Karl, semanalmente com esponja e sabonete." Essa advertência certamente não é sem fundamento, pois as condições sob as quais Marx conduz seus estudos são tudo menos ordeiras: ingressa em uma corporação e, se as notícias sobre isso procedem, é ferido em um duelo. É encarcerado por "perturbar a ordem com alarido noturno e bebedeira". É indiciado por "porte ilegal de arma". Acumula dívida sobre dívida. Não obstante, fica noivo de Jenny von Westphalen, se bem que a nobre família da noiva só tenha aceito o zé-ninguém com hesitação. Até seu pai o adverte sobre o "exagero e exaltação do amor de uma índole poética" de ligar-se a uma mulher.


Após dois semestres, Marx continua seus estudos em Berlim, mas também lá se evidencia que ele não é nenhum estudante modelar. Seu pai tem razão em se queixar. "Desordem, divagação apática por todas as áreas do saber, meditação indolente junto da sedenta lamparina de azeite; embrutecimento erudito em robe de chambre em vez de embrutecimento junto da caneca de cerveja, insociabilidade repugnante com menosprezo total pelas boas maneiras", tudo isso ele censura no filho. Marx assiste apenas a poucas aulas, e mesmo essas antes do âmbito da Filosofia e da História do que do âmbito do Direito. Por semestres inteiros quase não freqüenta a universidade. De qualquer modo ele se forma aos 23 anos com um trabalho sobre um tema filosófico, em Jena, sem nem sequer ter estado lá por uma única hora. Mas esses acontecimentos não o impressionam. Para ele mais importante é pertencer ao "Clube do Doutor", uma agremiação de jovens discípulos de Hegel, e lá discutir dia e noite. Seus amigos atestam que ele é um "arsenal de pensamentos", uma "alma-danada de idéias". Ao mesmo tempo escreve "um novo sistema metafísico fundamental". Naturalmente, quer se tornar professor; mas desiste quando vê que seus amigos, os hegelianos de esquerda, quase sem exceção naufragavam no governo reacionário.


Em vez disso, Marx torna-se redator no Jornal Renano, de tendência liberal, publicado em Colônia. Essa atividade força-o a ocupar-se com problemas concretos de natureza política e econômica. Ele redige a folha em um espírito intrépido e liberal. Porém, recusa rudemente o comunismo, do qual mais tarde deveria tornar-se o cabeça. Após breve tempo, contudo, tem de suspender sua atividade de editor sob pressão policial. O jornal – "a meretriz do Reno", como o rei prussiano havia por bem chamá-lo – deixa de ser publicado.


Depois de ter-se casado com sua noiva de longos anos, Marx dirigi-se para Paris, onde edita juntamente com seu amigo Arnold Ruge os Anuários Franco-Germânicos. Por um tempo vive juntamente com a família Ruge em uma "comunidade comunista", que porém logo se desagregaria devido à incompatibilidade de gênios. Em Paris, Marx entra em contato com Heine e com socialistas franceses. Mas também sua permanência nesta cidade não é muito longa. A pedido do governo prussiano é expulso da França e estabelece-se provisoriamente em Bruxelas, onde funda o primeiro partido comunista do mundo (com 17 membros). Marx vai por pouco tempo para Londres, retornando então durante a Revolução de 1848 – por ocasião da qual escreve O Manifesto Comunista –, à França e à Alemanha a fim de promover seus planos revolucionários. Em Colônia, funda o Novo Jornal Renano. Mas é novamente expulso e vive até seus últimos dias, com apenas algumas interrupções para breves viagens ao continente, em Londres. Porém, todos esses anos em Paris e Bruxelas são cheios de contendas amargas e não particularmente tolerantes conduzidas contra revolucionários dissidentes; há também um trabalho intensivo em manuscritos filosóficos e econômicos, os quais em grande parte só serão publicados após sua morte.


Em Londres, Marx vive em situações muito limitadas com uma família que se multiplica com rapidez. Freqüentemente padecem necessidades. A fundação de um jornal fracassa. Marx tem de levar a vida em grande parte por meio de donativos, sobretudo de seu amigo Friedrich Engels. As condições de moradia são na maioria das vezes catastróficas; ocasionalmente, até a mobília é penhorada. Ocorre inclusive de Marx nem sequer poder sair de casa por sua roupa ter sido penhorada. As doenças perseguem a família; apenas algumas das crianças sobrevivem aos primeiros anos. Pressionado por dívidas, Marx pensa em declarar bancarrota; apenas o fiel amigo Engels consegue impedir esse ato extremo. A senhora Jenny desespera-se freqüentemente e deseja para si e suas crianças antes a morte do que viver uma vida tão miserável. Acresce que Marx se envolve em um caso amoroso com a empregada doméstica, que não fica sem conseqüências e prejudica sensivelmente o clima doméstico já afetado pela miséria financeira. Continuam também as desavenças com os correligionários. Apesar de tudo, Marx trabalha ferreamente, ainda que interrompido por períodos de inatividade causada por esgotamento, em sua obra-prima, O Capital. Ele consegue enfim publicar o primeiro volume; como quase não aparecem comentários, ele mesmo escreve críticas positivas e negativas. Em 1883 porém, antes que a obra de três volumes esteja completa, Marx morre aos 65 anos.


O aspecto e a personalidade de Marx são descritos por um amigo russo de modo bem intuitivo, ainda que sua magnífica barba seja esquecida: "Ele representa o tipo de homem constituído por energia, força de vontade e convicção inflexível, um tipo que também segundo a aparência era extremamente estranho. Uma grossa juba negra sobre a cabeça, as mãos cobertas pelos pêlos, o paletó abotoado totalmente, possuía contudo o aspecto de um homem que tem o direito e o poder de atrair a atenção, por mais esquisitos que parecessem seu aspecto e seu comportamento. Seus movimentos eram desastrados, porém ousados e altivos; suas maneiras iam frontalmente de encontro a toda forma de sociabilidade. Mas eram orgulhosas, com um laivo de desprezo, e sua voz aguda, que suava como metal, combinava-se estranhamente com os juízos radicais que fazia sobre homens e coisas. Não falava senão em palavras imperativas, intolerantes contra toda resistência, que aliás eram ainda intensificadas por um tom que me tocava quase dolorosamente e que impregnava tudo o que falava. Esse tom expressava a firme convicção de sua missão de dominar os espíritos e de prescrever-lhes leis. Diante de mim estava a encarnação de um ditador democrático, assim como se fosse em momentos de fantasia."


Desde o início de sua atividade filosófica, Marx insere-se na maior disputa espiritual de seu tempo, determinada pela vultosa figura de Hegel, cujo pensamento ele chama de "a filosofia atual do mundo". Inicialmente, Marx dedica-se a Hegel com paixão para, depois, distanciar-se dele com tanto maior aspereza.


Sua crítica inicia-se pela concepção da história de Hegel. Para este, a história não é uma mera seqüência casual de acontecimentos, mas um suceder racional que se desenvolve segundo um princípio imanente, ou seja, uma dialética interna. O decisivo nisso é que o verdadeiro sujeito da história não são os homens que agem. Na história antes dominaria um espírito que tudo abrange, ao qual Hegel designa como "espírito do mundo" ou "espírito absoluto" ou mesmo" Deus". Esse, o Deus que vem-a-ser, realiza no curso da história sua autoconsciência. Ele chega, por meio dos diferentes momentos do processo histórico, a si mesmo.


Hegel era da opinião de que em seu tempo e em seu próprio sistema o espírito absoluto teria, após todos seus descaminhos através da história, finalmente alcançado seu objetivo: a perfeita autoconsciência. "O espírito universal chegou ora até aqui. A última filosofia é o resultado de todas as anteriores; nada está perdido, todos os princípios foram preservados. Esta idéia concreta é o resultado dos esforços do espírito por quase 2500 anos, seu fervoroso trabalho, de reconhecer-se." Portanto, após o surgimento da filosofia hegeliana, não pode haver mais nada realmente inconcebível. Esse é o sentido da conhecida frase do Prefácio à Filosofia do Direito: "O que é racional é real; e o que é real é racional." Razão e realidade chegaram portanto, segundo Hegel, finalmente à adequação uma com a outra; elas foram verdadeiramente conciliadas. O espírito absoluto compreendeu a si mesmo como a realidade total e a realidade total como manifestação sua.


Aqui entra o protesto de Marx. Aquele pensamento de Hegel, de que a realidade toda tinha de ser entendida a partir de um espírito absoluto, consiste para ele em um injustificado "misticismo". Pois assim se filosofa a partir de um ponto acima da realidade factual, não a partir dessa mesma. Em oposição a isso a decidida exigência de Marx – de colocar a filosofia, ora de ponta-cabeça, de volta sobre os pés – é que a visão da realidade deveria ser invertida. A realidade deste mundo não deve ser explicada com base em uma realidade divina. Contrariamente, o ponto de partida do pensamento tem de ser a realidade concreta. Esse pensamento imprime à filosofia de Marx seu cunho ateísta. "A missão da história é, após o além da verdade ter desaparecido, estabelecer a verdade do aquém."


Quando Hegel afirma que a realidade estaria conciliada com a razão, ele não poderia, segundo Marx, ter em vista a realidade concreta. Em Hegel, tudo se passa no âmbito do mero pensamento. Mesmo a realidade sobre a qual ele fala, é a mera realidade pensada. Para Marx, porém, a realidade factual mostra-se contraditória, inconcebível e portanto não conciliada com a razão. Todo o empenho filosófico de Hegel fracassa porque ele não é capaz de incluir essa realidade efetiva em seu pensar, por mais abrangente que esse seja. "O mundo é portanto um mundo dilacerado, que se opõe a uma filosofia fechada em sua própria totalidade."


Para Marx, portanto, a realidade concreta é a realidade do homem. "As pressuposições com as quais iniciamos são os indivíduos reais." A filosofia como Marx a postula – em contraposição a Hegel e em concordância com Feuerbach – é uma filosofia da existência humana. "A raiz do homem é o próprio homem." Marx denomina sua filosofia por isso mesmo de "humanismo real". O real primeiro e originário para o homem é o próprio homem. É dele, portanto, que o novo pensar também tem de partir.


Mas o que é o homem? O significativo aqui é que Marx não considera o homem, como o faz Hegel, essencialmente a partir de sua faculdade de conhecer. Ao contrário, trata-se decisivamente da práxis humana, da ação concreta. "Na práxis, o homem tem de comprovar a verdade, isto é, a realidade, o poder e a mundanalidade de seu pensamento." "Parte-se do homem real que age."


É da essência da práxis humana que ela se realize na relação com o outro. Se Feuerbach queria conceber o homem como indivíduo isolado, Marx ressalta com toda clareza: o homem vive desde sempre em uma sociedade que o supera. "O indivíduo é o ser social." "O homem, isto é o mundo do homem: Estado, sociedade." Essa natureza social constitui para Marx o ponto de partida para toda reflexão subseqüente. Assim deve-se entender a muito discutida frase: "Não é a consciência do homem que determina seu ser, mas é seu ser social que determina sua consciência."


Mas por que meio se constitui a sociedade humana? Marx responde: basicamente, não por meio da consciência comum, mas por meio do trabalho comum. Pois o homem é originariamente um ser econômico. As relações econômicas e particularmente as forças produtivas a elas subjacentes são a base (ou a "infra-estrutura") de sua existência. Apenas na medida em que essas relações econômicas se modificam, também se desenvolvem os modos da consciência, que representam a "superestrutura ideológica". Desta superestrutura fazem parte o Estado, as leis, as idéias, a moral, a arte, a religião e similares. Na base econômica reencontram-se também aquelas leis do desenvolvimento histórico, como as que Hegel atribuiu ao espírito. As relações econômicas desdobram-se de modo dialético, mais precisamente, no conflito de classes. Por isso, para Marx, a história é principalmente a história das lutas de classes.


Até aqui tudo poderia parecer como uma das muitas teorias antropológicas e histórico-filosóficas, em que a história da filosofia é bastante rica, isto é, até interessante mas realmente apenas mais uma interpretação entre muitas outras. Por que, então, o que Marx diz é tão estimulante? Como se explica que seu pensamento tenha determinado tão amplamente o tempo seguinte? Isso reside obviamente em que Marx não se detém no âmbito do pensamento puro, mas que se põe a trabalhar decisivamente na transformação da realidade: "Os filósofos têm apenas interpretado diversamente o mundo; trata-se de modificá-lo."


Nessa intenção, Marx empreende uma crítica de seu tempo. Observa que em seus dias a verdadeira essência do homem, sua liberdade e independência, "a atividade livre e consciente", não se podem fazer valer. Por toda parte o homem é tirado a si mesmo. Por toda parte perdeu as autênticas possibilidades humanas de existência. Esse é o sentido daquilo que Marx chama de "auto-alienação" do homem. Ela significa uma permanente "depreciação do mundo do homem".


Também aqui Marx recorre às relações econômicas. A auto-alienação do homem tem sua raiz em uma alienação do trabalhador do produto de seu trabalho: este não pertence àquele para seu usufruto, mas ao empregador. O produto do trabalho torna-se uma "mercadoria", isto é, uma coisa estranha ou alheia ao trabalhador, que o coloca em posição de dependência, porque ele precisa compará-la para poder subsistir. "O objeto que o trabalho produz, seu produto, apresenta-se a ele como uma essência estranha, como um poder independente do produtor." Da mesma forma também o trabalho se torna "trabalho alienado": não a ele imposto de sua autoconservação; o trabalho torna-se, em sentido próprio, "trabalho forçado". Esse desenvolvimento atinge sua culminância no capitalismo, no qual o capital assume a função de um poder separado dos homens.


A alienação do produto do trabalho conduz também a uma "alienação do homem". Isso não vale apenas para a "luta de inimigos entre capitalista e trabalhador". As relações interpessoais em geral perdem cada vez mais a sua imediação. Elas são mediadas pelas mercadorias e pelo dinheiro, "a meretriz universal". Enfim, os próprios proletários assumem caráter de mercadoria; sua força de trabalho é comercializada no mercado de trabalho, no qual se encontra à mercê do arbítrio dos compradores. Seu "mundo interior" torna-se "cada vez mais pobre"; sua "destinação humana e sua dignidade" perdem-se cada vez mais. O trabalhador é "o homem extraviado de si mesmo"; sua existência é "a perda total do homem"; sua essência é uma "essência desumanizada".


Mas, no ápice desse desenvolvimento – o que Marx crê poder demonstrar –, tem de sobrevir a guinada. Ela se torna possível desde que o proletariado se conscientize de sua alienação. Ele se compreende então como "a miséria consciente de sua miséria espiritual e física, a desumanização que, consciente de sua desumanização, supera por isso a si mesma". Concretamente, segundo os prognósticos de Marx, chega-se a uma concentração do capital nas mãos de poucos, a um crescente desemprego e empobrecimento das massas. Com isso, porém, o capital torna-se seu próprio coveiro. Pois a essa concentração de capital devem seguir-se, segundo "leis infalíveis" – com necessidade histórica, cientificamente reconhecida e dialética –, a subversão e a revolução. A missão dessa revolução é "transformar o homem em homem", para que "o homem seja o ser supremo para o homem". Trata-se de "derrubar todas as relações em que o homem é um ser degradado, escravizado, abandonado e desprezado". Importa realizar "o verdadeiro reino da liberdade", desenfronhar o homem em "toda a riqueza de sua essência" e, com isso, superar definitivamente a alienação.


Marx considera tudo isso tarefa do movimento comunista. É chegado o tempo do "comunismo como superação positiva da propriedade privada enquanto auto-alienação do homem e por isso como apropriação real da essência humana por meio de e para o homem; por isso, como regresso – perfeito, consciente e dentro da riqueza total do desenvolvimento até aqui –, do homem para si mesmo enquanto homem social, ou seja, humano. Esse comunismo é a verdadeira dissolução do antagonismo entre o homem e a natureza e entre o homem e o homem. A verdadeira solução do conflito entre liberdade e necessidade. Ele é o enigma decifrado da história, a verdadeira realização da essência do homem". Com o comunismo, "encerra-se a pré-história da sociedade humana" e inicia-se a sociedade "realmente humana". Mas sobre como essa sociedade comunista deve ser, Marx não nos dá nenhuma informação adicional.

domingo, 21 de junho de 2009

GESTALT


Gestalt
1920
Nacionalidade Alemanha

A Gestalt surgiu nas primeiras décadas deste século como uma espécie de resposta ao atomismo psicológico, escola que pregava uma busca do todo psicológico através da soma de suas partes mais elementares; o complexo viria pura e simplesmente da reunião de seus elementos mais simples, era uma escola de adição. A Escola da Forma dizia o contrário: não podemos separar as partes de um todo pois dele elas dependem e não fazem sentido, pelo menos o mesmo, senão enquanto partes formadoras daquele todo.

Em seu início, havia duas correntes na Gestalt, a dos dualistas e a dos monistas: os primeiros acreditavam existir uma percepção mental que diferiria da sensorial. Sendo assim, perceberíamos os elementos separadamente e só então eles formariam o todo através de uma ação do espírito, de uma percepção mental. Um desenho, por exemplo, não é um todo, mas o que estaria produzindo a forma total que percebemos, o que ligaria seus elementos seria o espírito. Encontram-se nessa corrente muitos resquícios do atomismo psicológico, enquanto que os monistas realmente romperam com eles, ao sustentarem que as partes dependem mais do todo que ele destas, que é ele quem as determina. Para os monistas o esquema da percepção seria, basicamente: estímulos sensoriais -> forma -> sensação.

Para os monistas, forma e matéria não são separáveis, os elementos de uma forma não existem em si, singularmente, isso só seria possível através de abstração. Todos os elementos aparecem ao mesmo tempo, e um observar um ou outro, um tomar um ou outro como figura ou fundo tornaria a experiência diferente. Cada parte é percebida como elemento formador do todo, pertencente a ele.

A Gestalt como teoria filosófica



Em um âmbito filosófico (a Gestalt chegou a ser considerada uma 'filosofia da forma'), pode-se dizer que foi deixado de lado o ego cogito cartesiano para, como Husserl (que foi, de fato, mestre de Koffka, um dos papas desta escola), adotar-se um ego cogito cogitatum: não há uma ruptura entre consciência - ou sensação, no caso da escola da forma - e mundo. O "resíduo" a que se pode chegar por uma redução, uma dissecação do real - ou de uma forma - não é o "eu penso", mas a correlação entre o eu penso e o objeto de pensamento (o ego cogito cogitatum). Em suma, não existiria consciência enquanto tal, mas toda consciência seria consciência de.
Isso, porém, não se dá de forma separada, como pretendiam os associacionistas (escola da psicologia que predominou no século XIX), mas concomitante: tomemos como exemplo um carro na estrada, seguindo em direção contrária a você. Para os associacionistas, há um intervencionismo do pensamento, ou seja, suas sensações lhe dizem que o carro está diminuindo à medida em que se afasta, mas, sendo conhecedor das leis da física, ou mesmo já tendo passado por esta experiência, seu pensamento reagiria, corrigindo o equívoco. O dado sensorial seria menos real que a percepção, e interpretado de acordo com a experiência.
Já para a Gestalt, isso tudo aconteceria de uma só vez e não através da experiência, mas de acordo com o que é dado na situação em si. Cada vez seria diferente, se apenas um dos elementos formadores diferisse; o todo seria o que há de mais importante, o que vale aqui não é a experiência, todavia o agora e o que é dado nesse agora. Percebe-se de maneira diferente de acordo com o contexto em que o objeto/excitante está inserido, nossa sensação é global e varia dependendo do evento/forma.
Essa foi a concepção que acabou, por assim dizer, "triunfante" em relação à outra, e seus defensores, Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler, acabaram por se tornar figuras de maior importância na Escola da Gestalt.
Essa teoria da forma não se manteve apenas dentro dos limites da psicologia, mas pretendeu se estender à Física e à Filosofia, admitindo a existência de formas fisiológicas e de formas físicas, além das formas psicológicas: as primeiras dizem respeito aos organismos vivos, que funcionariam do todo para o uno; as células seriam dependentes do organismo e não o contrário porque este teria a capacidade de se adaptar. As segundas tratam do mundo físico: este tenderia, também, a um equilíbrio total, uma busca da boa forma, mais homogênea e simétrica. Finalmente, as formas psicológicas, que são colocadas de uma maneira bem materialista: os gestaltistas não admitem a existência de um espírito, de alma, mas que tudo se reduz à matéria bruta, sendo as formas psicológicas o subjetivo das fisiológicas e estas apenas reduzidas às formas físicas.

Organização Perceptual - Assimilação e Contraste; Figura e fundo

Somos bombardeados por estímulos físicos todo o tempo e, para compreendê-los, formamos organizações perceptuais (termo que se aplica tanto ao processo de organização quanto ao resultado em si). Há várias maneiras de se organizar esses estímulos, e, de fato, o fazemos, mas de tal modo que exista sempre apenas uma: nunca há dois tipos de organização em um só momento. Esse empreendimento se dá de maneira espontânea, inerente ao indivíduo, porém o consciente pode exercer um papel nesse processo, pois a organização perceptual ocorre dentro e fora da consciência: se a pessoa quiser, poderá criá-la conscientemente, mas se não o fizer, o inconsciente agirá.
Um ponto importante no processo de organização perceptual é a diferenciação do campo perceptual. A maneira com que a forma é apresentada pode, por exemplo, suscitar fenômenos como a associação e o contraste.
O primeiro destes princípios diz respeito a uma homogeneização das partes da forma a que somos compelidos quando não há fronteiras entre elas, ou quando não as percebemos. Os contornos se tornam importantes neste sentido: tendemos a tornar cada parte homogênea em matéria de luz; a assimilação pode acontecer quando há proximidade, especialmente quando estas áreas próximas não estão delimitadas. Já o contraste consiste em perceber-se uma diferença maior do que ela realmente é, e ocorre quando há uma separação das partes, quase de maneira contrária à assimilação.
Porém deve-se sempre lembrar que, tanto assimilação como contraste são "regidos" pela organização perceptual total, podendo, até mesmo haver a ocorrência dos dois fenômenos em um mesmo objeto, dependendo de, por exemplo, qual o fundo sob o qual está a figura. Estes dois conceitos, fundo e figura, são os mais simples da forma de organização perceptual: em qualquer campo diferenciado, uma das partes sempre parece "saltar", se salientar em relação às outras. A ela damos o nome de figura, sendo o fundo todo o resto.
O que nos permite diferenciá-los, enxergar uma separação entre ambos é o contorno: uma fronteira física que mais parece pertencente à figura, conferindo forma a ela. Se há uma inversão, se a figura passa a parecer fundo e vice-versa, então o contorno passará, logicamente, a parecer pertencer à nova figura. A figura sempre parece possuir o contorno. Se, em uma forma, não fica muito clara essa separação (sendo que sempre veremos uma parte como figura e outra como fundo; o que pode não ficar claro é o que qual das partes é definitivamente), há uma flutuação, percebemos alternadamente os elementos como figura e fundo; porém, sempre um de cada vez, e sempre um. Bom, nesse caso, ao acontecer essa flutuação, o contorno passa a nos parecer completamente diferente em cada um dos casos. Pode acontecer, também, de algo ser definido como figura embora não haja um contorno, uma linha física que o delimite: esse fenômeno é conhecido como fechamento e é muito comum, posto que certas formas estão de uma maneira que nos pareça completa, não cabendo ali nenhum tipo de modificação; é como se elas se bastassem, fossem suficientes, enfim, completas em si.
Na determinação de o que é figura e fundo influem diversos fatores, como tamanho e localização, ou, caso esses sejam os mesmos, a área que for menor ou mais fechada. Geralmente, o que pode ser agrupado com mais facilidade, pareça seguir uma "linha", for mais homogêneo, ou até mesmo o que for mais conhecido para quem observa (e aí entra a questão da subjetividade na percepção) passará a ser visto como a figura. Há até mesmo a influência do sistema nervoso e outros processos do tipo nessa determinação.
Figura e fundo são diferenciados não só em formas visuais, vale lembrar; tendemos a separá-los em todas as experiências de percepção. Na chamada música pop, por exemplo, geralmente percebemos a voz do cantor como figura e o instrumental como fundo, como acompanhamento.

Agrupamento Perceptual - Wertheimer



Pode haver, e na maioria das vezes há, mais de dois elementos na forma: nesse caso, o que seria figura? E fundo? Por quê? Max Wertheimer, tido como o fundador da teoria da Gestalt, propõe em seu "Raciocínio Visual" certos princípios, a seguir:

1) Proximidade
Em condições iguais, eventos próximos no tempo e espaço tenderão a permanecer unidos, formando um só todo:



OO OO OO OO OO OO OO
OO OO OO OO OO OO OO
OO OO OO OO OO OO OO


2) Semelhança
Eventos semelhantes se agruparão entre si:

O X O X O X O X O X O X O
O X O X O X O X O X O X O
O X O X O X O X O X O X O

Essa semelhança se dá por intensidade, cor,odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições.



3) Semelhança + Proximidade
É a simples adição dos dois princípios anteriores, se em condições iguais:

OO OX XO OO
OO OX XO OO
OO OX XO OO



4) Lei da Boa Continuidade
É o acompanhamento de uns elementos por outros, de modo que uma linha ou uma forma continuem em uma direção ou maneira já conhecidas.

____|____ = ________ |

5) Pregnância
Há formas que parecem se impor em relação às outras, nos fazendo, por muito tempo, não conseguir ver outra forma de distribuição:

OO OO OO OO OO OO OO OO OO
OO OO OO OO OO OO OO OO OO
OO OO OO OO OO OO OO OO OO



6) Destino Comum
Há certos elementos que parecem se dirigir a um mesmo lugar, se destacando de outros que não o pareçam.

7) Persistência do Agrupamento Original
Em todos as formas, todos os estímulos, os elementos aproximam-se uns dos outros e tendemos a fazer com que os grupos continuem os mesmos.

8) Experiência Passada ou Aprendizagem
É a subjetividade do percebedor: para cada um a percepção pode ser diferente, de acordo com a experiência do indivíduo, de acordo com o que ele já viveu ou aprendeu, conheceu. Tomemos como exemplo um texto qualquer: para um analfabeto ou alguém que não conheça a língua em questão, parecerá uma confusã completa, mas, para aquele que saiba ler ou conheça a língua, parecerá inteiramente inteligível.

9) Clausura ou Fechamento
Os elementos de uma forma tendem a se agrupar de modo que formem uma figura mais total ou fechada.

Conclusão

Essas tendências ou princípios, dependendo de sua intensidade podem produzir efeitos diferentes, devemos sempre lembrar que, para a Escola da Forma, o todo não é apenas a soma das partes, sua essência depende da configuração das partes.
A partir disso, podemos trazer ainda algumas considerações e conceitos finais: a transposição das formas, por exemplo, é de um valor muito grande dentro do que foi dito no parágrafo anterior; podemos transpor a mesma forma a partir de elementos diferentes, de modo que a forma original ainda possa ser reconhecida, como em:

OOXX
OO, XX

ou em uma melodia cujas notas sejam aumentadas todas em um tom, ou seja, o todo é a configuração de seus elementos, mas também difere de acordo com os elementos em si. Porém, não podemos nos esquecer da parte-todo, isto é, que as partes dependem da natureza do todo.
Por último, vale falar, mais uma vez, sobre a subjetividade na percepção: deve-se levar em conta a experiência vivida pelo sujeito, o seu nível de conhecimento ou familiaridade com o assunto tratado et sic per omnia.
Enfim, a Escola da Gestalt não se limitou apenas à percepção, mas expandiu suas teorias a várias áreas de conhecimento, revolucionando a psicologia e influenciando diretamente muitos pensadores. Pode-se dizer, por exemplo, que o behaviorismo de Skinner bebe basicamente da fonte da Gestalt.
Esta foi e continua sendo uma escola revolucionária e de um imenso valor histórico.




Bibliografia
Links
Autor Juliana Fausto

Data maio de 1999

quinta-feira, 11 de junho de 2009

POEMA

No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira.

Quando cai a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem.

Quanto cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce.

Quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia!

Coisas Que Se Atraem

Desafiando as leis da física os itens a seguir mostram que outras coisas também se atraem...

1 - Camisa branca e molho de tomate

2 - Dedinho do pé e Ponta de móveis

3 - Jato de Mijo e Tampa de Vaso

4 - Café e Toalha de Mesa

5 - Pobre e Funk

6 - Tampa de Creme Dental e Ralo de Pia

7 - Mão e Peitos

8 - Olho e Bundas

9 - Zezé de Camargo e Luciano

10 - Homem e Cerveja

11 - Carro e Mulher

12 - Nariz e Dedo

13 - Queijo e Goiabada

14 - Carro de Bêbado e Poste

15 - Show do KLB e Controle remoto (pra mudar de canal)

16 - Show da Virada e Roberto Carlos

17 - Branca de Neve e Os Sete Anões

18 - Tampa de Caneta Bic e Orelha

19 - Moeda e Carteira de Pobre

20 - Pé e Frieira

21 - Sexta-Feira e um Boteco pra tomar umas e dar uma relaxada

10 MANDAMENTOS DOS PREGUIÇOSOS

1 - Viva para descansar.

2 - Ame a sua cama, ela é o seu templo.

3 - Se vir alguém descansando, ajude-o.

4 - Descanse de dia para poder dormir à noite.

5 - O trabalho é sagrado, não toque nele.

6 - Nunca faça amanhã, o que você pode fazer depois de amanhã.

7 - Trabalhe o menos possível; o que tiver para ser feito, deixe que outra pessoa faça.

8 - Calma, nunca ninguém morreu por descansar, mas você pode se machucar trabalhando...

9 - Quando sentir desejo de trabalhar, sente-se e espere o desejo passar.

10 - Não se esqueça, trabalho é saúde. Deixe o seu para os doentes.

28 Tipos de Cocô

1 - FANTASMA: Você sente sair, vê o bicho no papel, mas não tem nada na privada.

2 - CLEAN: Você sente sair, o bicho ta la na privada, mas o papel tá limpinho.

3 - MOLHADINHO: Depois de limpar a bunda umas cinquenta vezes ainda parece que não tá limpo. Então você embola papel higiênico entre o rabo e a cueca pra não borrar.

4 - GOSTINHO DE QUERO MAIS: Acabou de puxar a descarga, já puxou as calcas ate o joelho e de repente tem que começar tudo de novo.

5 - HEMORRAGIA CEREBRAL PELO NARIZ: Aquele que requer tanta forca que você fica todo roxo e quase tem um derrame.

6 - ESPIGA DE MILHO: Auto-explicativo.

7 - TORPEDO: Tão grande que da medo de puxar a descarga sem antes quebrar no meio com o cabo de uma escova de dentes.

8 - ALCOÓLICO ANÔNIMO: Aquele feito na manhã seguinte a uma noite de bebedeira. Deixa uma marca longitudinal na porcelana apos puxada a descarga.

9 - CHAMA O ENCANADOR: Tão grande que entope o vaso e a água transborda. Você deveria ter seguido a dica do "Torpedo".

10 - CABELUDO: Aquele que você encontra na privada dois dias depois de expelido, quando a descarga não funciona. Naquela altura inchado ate ficar da grossura do seu antebraço.

11 - EMBORA EU QUEIRA: Quando você fica sentado com uma puta dor de barriga mas só peidando. Particularmente frustrante em banheiros públicos.

12 - CAMINHÃO BASCULANTE: Sai tao rápido que mal da tempo de sentar.

13 - AERÓGRAFO: Versão diarreia do "Caminhão Basculante". Antes mesmo de você sentar, BUM! Uma carga explosiva recobre todo o interior do vaso de uma camada mais ou menos uniforme de respingos. A água continua limpinha.

14 - IOIÔ: Aquela que requer uma forca enorme para sair, e assim que ela bota cabecinha pra fora, você relaxa os músculos e ele volta para dentro.

15 - EFEITO ILHA: Uma massa marrom e disforme saindo pra fora da água.

16 - HÉRNIA DE DISCO: Variante do "Hemorragia". Requer tanta forca que você acha que ta saindo de lado.

17 - ACHO QUE ESTOU PARINDO: Um cruzamento do "Torpedo" com o "Hérnia de Disco". O produto assemelha-se, em tamanho e formato, a uma lata de batatinhas Pringle's. Depois que sai sobra um espaço vazio no reto.

18 - RABO DE MACACO: Não para de sair, tipo pasta de dente. Você tem duas escolhas: ou ir puxando a descarga e continuar mandando brasa, ou arriscar-se a ver o bicho ir empilhando ate chegar na sua bunda.

19 - ACHO QUE ESTOU VIRANDO UM COELHINHO: Um monte de cocozinhos redondos que parecem bolinhas de gude e que fazem barulhinho ao cair na água.

20 - ELEVADOR: Desce de uma vez; movimento retilíneo uniforme.

21 - TARZAN: Só sai com auxilio vocal. ("HOOOOOOOOOOOOOOUUUOOUOOOOH")

22 - PROMETO MASTIGAR MINHA COMIDA MELHOR: Quando o pacote de Doritos da noite passada parece vidro moído ao descer.

23 - MORREU UM BICHO AQUI DENTRO: Também conhecido como "Lixo Tóxico". E claro que você não avisa ninguém do odor infecto. Em vez disso, você fica disfarçadamente perto da porta do banheiro fazendo forca pra não dar risada enquanto as pessoas saem correndo e engasgando ali de dentro.

24 - AINDA TEM UM PENDURADO: Tem que esperar pacientemente o ultimo pedaço cair, porque se você tentar limpar agora vai borrar tudo.

25 - LANÇA CHAMAS: Chamusca os pelinhos. Faz você jurar nunca mais chegar perto de acarajé.

26 - TONER: A única prova material de todo o seu esforço e um ligeiro escurecimento da água.

27 - PRIMOGÊNITO: Tão perfeito, marrom e saudável que da pena de puxar a descarga.

28- MIGUÉ: Poderia muito bem ser um "Primogênito", mas se esconde no vão da privada antes que você possa apreciar.....