domingo, 6 de setembro de 2009

DIVISÃO CELULAR

CICLO CELULAR
Um dos pressupostos fundamentais da
biologia é o de que todas as células se
originam a partir de células pré-existentes, à
exceção do ovo ou zigoto que, nos seres
vivos com reprodução sexuada, resulta da
união de duas células reprodutivas
(gametas), cada qual com metade da
informação genética.
Em biologia, chama-se ciclo celular o conjunto de processos que ocorrem em uma
célula viva entre duas divisões celulares.
OS CROMOSSOMOS HUMANOS
Nas células humanas são encontrados 23
pares de cromossomos. Destes, 22 pares são
semelhantes em ambos os sexos e são
denominados autossomos. O par restante
compreende os cromossomos sexuais, de
morfologia diferente entre si, que recebem o
nome de X e Y. No sexo feminino existem dois
cromossomos X e no masculino existem um
cromossomo X e um Y.

Existem dois tipos de divisão celular:MITOSE e MEIOSE.
Funções da Divisão celular:

• Na maioria dos seres unicelulares, a divisão conduz á reprodução do individuo, dando
origem a duas células independentes, que irão constituir dois novos indivíduos.
• Nos seres multicelulares, a divisão celular permite a regeneração das células ou
parte de órgãos que foram danificados ou a renovação das que envelheceram e
morreram. No caso do Homem o seu crescimento para, mas as divisões celulares
continuam, assegurando a regeneração das células sanguíneas e da pele entre outras.
DIVISÃO CELULAR
MITOSE:
A mitose é um processo de divisão celular conservativa. A partir de uma célula inicial, originam-se duas
células idênticas, com igual composição genética, mantendo assim inalterada a composição e teor de
DNA característico da espécie (exceto se ocorrer uma mutação, fenômeno muito raro e acidental).
MEIOSE:
Esta divisão celular ocorre em dois períodos: Intérfase (período onde não houve divisão
ainda, a célula está se preparando para se dividir) e Mitose – a divisão propriamente dita.

MITOSE ou CARIOCINESE
Fase G1 (gaps= intervalo) - é a primeira fase de
crescimento. É um período de intensa atividade
bioquímica, no qual a célula cresce em volume e
o número de organitos aumenta;
Fase S - é a fase em que o DNA é replicado.
Esta é a fase de síntese (S) de DNA. Cada
cromossomo é duplicado longitudinalmente,
passando a ser formado por duas cromátides.
Nesta etapa numerosas proteínas também são
sintetizadas. A síntese do DNA ocorre, portanto,
somente neste período da interfase, denominado
S ou sintético;
Fase G2 - é a segunda fase de crescimento.
Durante o período G2 a célula possui o dobro
(4C) da quantidade de DNA presente na célula
diplóide original (2C). Esta fase conduz
diretamente á mitose e permite formar estruturas
com ela diretamente relacionadas, como as fibras
do fuso acromático.
Fase M (mitose): a citocinese - quando a célula
se divide em duas células-filhas.
Esta divisão celular ocorre em dois períodos: Intérfase (período onde não houve divisão
ainda, a célula está se preparando para se dividir) e a divisão propriamente dita.

MITOSE ou CARIOCINESE
A mitose se divide em quatro fases fundamentais: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase.
Prófase (pro = antes): em atividade o centro celular que evolui e acaba
por originar dois outros, funcional e estruturalmente iguais. No início da
divisão, quando os filamentos de cromatina aparecem enovelados, na
forma de cromossomo, eles já estão duplicados (foram duplicados na
interfase). Ao longo da prófase, os filamentos de cromatina sofrem um
progressivo enrolamento, tornando-se suficientemente condensados para
serem visualizados ao microscópio óptico sob a forma de cromossomos,
com duas cromátides.
• Pró-metáfase: é o curto período de transição da prófase para
metáfase. A transformação deste período é a desintegração da
membrana nuclear (ela incorpora-se ao RER). Os cromossomos
então se dirigem à região equatorial da célula, aonde vão se prender
as fibras do fuso por meio de seus centrômeros.
Metáfase (meta = depois): Os cromossomos duplicados estão presos
pelo centrômero às fibras do fuso acromático, ocupando a região mediana
da célula. Os cromossomos alinhados nessa região formam a chamada
placa equatorial, com as cromátides-irmãs voltadas uma para cada pólo da
célula.
Anáfase
Telófase
Prófase
Metáfase

MEIOSEDivisão celular onde uma célula dá origem a quatro células, cada uma com a metade do
número de cromossomos da célula original.
Na meiose ocorrem duas divisões fundamentais:
a divisão I, ou divisão reducional: A divisão I é reducional, porque o número de
cromossomos fica reduzido para metade; e
a divisão II, ou divisão equacional: é equacional, pois mantém-se o número de
cromossomos, diminuindo-se apenas a quantidade de DNA (Q).


A principal característica desse
processo de divisão é o fato dele
dividir pela metade o número de
cromossomos de uma célula. Assim,
todas as células de um homem
normal apresentam 46
cromossomos, e as células filhas
apresentarão apenas 23
cromossomos. Contudo este
processo origina não apenas duas
células filhas, como na mitose, mas
origina quatro células que
apresentam a metade do número de
cromossomos da célula mãe.

MEIOSE
Meiose I ou Reducional = com as seguintes fases:
• Prófase I (subdivide-se em : Leptóteno, Zigóteno, Paquóteo, Diplóteno e Diacinese): Os
cromossomos encurtam e engrossam. (condensação). Ocorre emparelhamento de cromossomos
homólogos – sinapses. Ao dar-se o emparelhamento surgem pontos de cruzamento entre 2
cromátides dos cromossomos homólogos. Ocorre o fenômeno de crossing-over - recombinação
de genes de cromátides de cromossomos homólogos. Inicia-se a formação do fuso acromático;
• Metáfase I: Os pares de cromossomos ligam-se a microtúbulos do fuso acromático pelos
centrômeros, e dispõem-se no plano equatorial aleatoriamente;
• Anáfase I: os centrômeros são levados em direção a pólos opostos;
• Telófase I: Os cromossomos descondensam-se. Desaparece o fuso acromático. Reconstitui-se
a membrana nuclear. Inicia-se a individualização de dois núcleos haplóides, que têm metade do
número de cromossomos do núcleo diplóide inicial.
Seguindo-se a telófase I, existe uma interfase de curta duração onde não ocorre replicação do
DNA. Nesta fase, o número de cromossomos é haplóide, porém cada cromossomo possui duas
cromátides.
Meiose II ou Equacional = com as seguintes fases:
 Prófase II;
 Metáfase II;
 Anáfase II; e
 Telófase II.


Resumo comparativo: MITOSE X MEIOSE
- Prófase da mitose: cromossomos homólogos não se pareiam.
- Prófase da meiose: cromossomos homólogos pareiam-se.
- Metáfase da mitose: placa equatorial formada pelos cromossomos duplicados.
- Metáfase da meiose: placa equatorial formada pelas tétrades.
- Anáfase da mitose: divisão do centrômero, na meiose, não há a divisão.
- Telófase da mitose: 2n cromossomos duplicados.
- Telófase da meiose: n cromossomos duplicados.
A mitose ocorre em todas as células somáticas do corpo e, por meio
dela, uma célula se divide em duas, geneticamente semelhantes à
célula inicial. Assim, é importante na regeneração dos tecidos e no
crescimento dos organismos multicelulares. Nos unicelulares, permite
a reprodução assexuada.
Já a meiose só ocorre em células germinativas, com duas divisões
sucessivas. A célula-mãe se divide em duas, que se dividem de novo,
originando quatro células filhas com metade dos cromossomos da
célula inicial: são os gametas, geneticamente diferentes entre si.

Erro na meiose: Aberrações Cromossômicas
Alterações estruturais: Os cromossomos podem partir-se e soldar-se novamente.
• Cromossomo normal: A B C _ D E F
• Deficiência: perda de uma parte do cromossomo: A - - D E F
• Duplicação: presença de um segmento extra, que pode-se originar de um crossing-over
desigual. A B C A B _ D E F
• Inversão: um segmento do cromossomo destaca-se e solta-se na posição invertida: A C B _
D E F
Alterações numéricas:
• Quando as células que deveriam ser diplóides, são haplóides, triploides (3n) ou tetraploides
(4n).
• Quando a célula diplóide apresenta um número de cromossomos que não é múltiplo de (n). A
célula pode apresentar monossomia (2n - 1) ou trissomia (2n + 1), conforme falte um
cromossomo homólogo, ou ele esteja em excesso.
As alterações numéricas geralmente são decorrentes de uma não-disjunção dos cromossomos
na meiose. Exemplo: As síndromes (Down, Klinefeelter e Turner).

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